Dresden é, sem dúvida, uma das mais belas das grandes cidades alemãs. A capital do Estado da Saxônia, também chamada de Florença do Elba, contrasta a beleza de seu centro histórico do período barroco com o badalado e moderno bairro de Neustadt. Sem contar que alguns museus em Dresden abrigam coleções das mais importantes e também inusitadas. Situada ao sul de Berlim, mais precisamente a duas horas de trem da capital alemã, é possível, para os que estão hospedados nesta última, fazer um bate-e-volta. Já aos que estão indo a Praga, saindo de Berlim, recomendo uma parada de pelo menos uma noite em Dresden.
Portanto, se você tem mais tempo que um dia, não perca por nada de visitar alguns museus em Dresden. Dos imperdíveis, destacamos:
1) Panometer
Um antigo gasômetro de Dresden abriga uma exposição das mais interessantes sobre a história da cidade. Trata-se de uma foto em 360 graus com 30m de altura e 100m de extensão do artista iraniano-alemão Yadegar Assisi. Desde 2006, intercalam-se como motivos de exibição a Dresden barroca, da época gloriosa em que a cidade alcançou a beleza que apresenta ainda hoje, e a Dresden destruída pelos bombardeios aliados entre os dias 13 e 15 de fevereiro de 1945. A partir da primavera de 2021, volta à cena a espetacular Dresden barroca.
2) Grünes Gewölbe ou Abóboda Verde
Nos séculos de existência do Sacro-Império Romano-Germânico e na curta existência do Império Alemão (1871-1918), a Saxônia tinha como integrantes da mais alta nobreza a casa dos Wettiner. Dentre eles, Augusto, o Forte (1670-1733), é um dos nomes mais importantes a serem mencionados. É em Dresden que se encontra sua antiga residência, o Palácio Real, situado no centro da cidade. Em uma de suas alas é que fica a coleção da Abóboda Verde, que em outras palavras é nada mais do que o espetacular tesouro da família real saxã. Um dos mais valiosos da Europa, diga-se de passagem. A coleção é dividida em “histórica” e “nova”. Sugerimos a visita à nova coleção, ou Neues Grünes Gewölbe. É ela que traz o magnífico trabalho do ourives Johann Melchior Dinglinger, contemporâneo de Augusto, o Forte.
3) Galeria Nacional dos Antigos Mestres
Se o assunto envolve os grandes mestres da pintura europeia, então esse é o museu de Dresden. Não só de Dresden, como um dos mais importantes do mundo devido à sua espetacular coleção. Um dos highlights do museu é a Madonna Sistina, de Rafael. Mas há muito mais que ver: da escola flamenca à holandesa, da italiana à francesa. E claro, a alemã, com destaque para o fabuloso Lucas Cranach, o Velho. O edifício original, concebido pelo arquiteto Godfried Semper no ano de 1855, foi destruído em 1945. Porém, como todo o centro histórico de Dresden, foi restaurado nos anos do pós-guerra.
4) Museu Albertinum, ou Galeria Nacional dos Novos Mestres
O Albertinum data de 1959 e é o caçula dos museus em Dresden. Encontra-se no antigo arsenal da Casa dos Wettiner. Sua coleção traz obras do romantismo alemão, do modernismo, mas também de artistas contemporâneos, como Gerhard Richter. Vale mencionar uma bela coleção de esculturas no andar térreo do edifício.